quarta-feira, outubro 06, 2004

Quando éramos crianças tínhamos o mesmo short azul do frajola, chegou o início da adolescência: o porre foi igual, os acontecimentos do dia-a-dia, a prova de química, a balada na quinta-feira, as brigas por ideologias diferentes, tudo isso aconteceu...
Mas os destinos mudaram, as mesma ganâncias de progresso, mas os lugares de realizações diferentes.
Chegamos e todos foram diferentes: amigos, clima, arquitetura e arte, outros olhos, outros cheiros, outras vidas. A lenha na fogueira parecia se esgotar, o fogo apagava de vagar sem ninguém perceber, a única coisa que via era a dor.
Quando percebemos, quem era quem? Não sabia mais o que gostava, o que tinha medo. O que queria. E o mesmo se perpetuou...
E a dor ainda continuou, remédio para isso? costume... costume... costume...